Os
seres humanos, embora parecidos fisicamente, são diferentes na maneira de
pensar e agir. Cada um muitas vezes tem sua opinião formada sobre determinado
assunto e é difícil para alguém conseguir alterar isso. Mas, ao mesmo tempo em
que o homem tem sua vida e costumes, ele deve partilhar isso com as outras
pessoas de sua convivência. Surgem, então, os conflitos, pois não se pode
forçar o outro a aceitar outras decisões e pensamentos. Mesmo assim, os seres
humanos são obrigados a conviver com as diferenças e o local onde se tem o
primeiro contato mais amplo com pessoas diferentes é a escola.
Só é possível controlar o próprio
pensamento e desejo por algo quando limites são estabelecidos. Os limites
mostram o que cada pessoa pode ou não fazer. Mas o ser humano só consegue
discernir para que servem esses limites quando adquire a maturidade necessária.
Essa maturidade, quando desenvolvida no período escolar, deve estar acompanhada
dos quatro pilares do conhecimento, criados por Jacques Delors em uma comissão
estabelecida em 1993 pela UNESCO.
Os quatro pilares têm uma visão
integral de educação, que se dirigem à totalidade do ser humano. É papel da
escola inserir esses pilares no cotidiano do aluno. São eles: Aprender a ser,
aprender a conviver, aprender a fazer e aprender a conhecer.
a)
Aprender a ser: segundo o “Relatório Delors”, a escola tem papel fundamental no
desenvolvimento total da pessoa e deve preparar os alunos para elaborar
pensamentos e agir por conta própria em determinados momentos da vida. A escola
ensina os alunos a enfrentar as diferenças, tendo como resultado o respeito e
companheirismo entre as pessoas.
b)
Aprender a conviver: esse pilar mostra que a escola tem o objetivo de ensinar o
aluno a se relacionar com os outros, respeitando as diferenças existentes e a
ajuda ao próximo.
c)
Aprender a conhecer: esse pilar diz respeito ao desejo de libertar-se da
ignorância e adquirir o conhecimento. Deve-se instigar nos alunos o anseio de
saber cada vez mais e ver que o que ele sabe ainda é pouco, se comparado a tudo
o que se pode saber.
d)
Aprender a fazer: neste pilar o aluno deve demonstrar coragem para realizar as
tarefas necessárias e buscar os acertos, observando que o trabalho em equipe é
compensatório. Este pilar mostra que individualismo não leva a lugar algum.
Juntos,
esses pilares têm o objetivo de fazer com que o aluno crie certas habilidades
de convivência com o outro e o respeito entre todos. Se essas habilidades não
forem trabalhadas durante a infância, o indivíduo tornar-se-á arrogante, pois
não estará apto a adaptar-se a outras pessoas e outros costumes. Quanto mais
cedo as crianças forem submetidas ao processo de adaptação a outras realidades,
melhores adultos elas se tornarão.
Deve-se
expor e ajudar as crianças em situações conflituosas, para que elas sejam
capazes de resolver as divergências de pensamentos e ações. Mas primeiramente
elas devem ser capazes de resolver seus conflitos individuais, para depois
partir para os conflitos interpessoais. Sendo assim, fica claro que conhecer a
si mesmo é a melhor forma de evitar conflitos.
Texto escrito pela acadêmica e bolsista Talita Regina Roman Ronsani
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