Infelizmente são poucas as pessoas que são
acostumadas a ler poesias, menos ainda, pessoas que lêem porque gostam. Muitos
reclamam que não sabem interpretar um poema e se queixam que cada um tem sua
maneira de interpretar, tendo seu próprio entendimento, que muitas vezes não é
o que o autor quis passar. Diante desse problema, depois do texto escolhido, o
que devemos fazer é ler, analisar, compreender e interpretar com mais
competência.
Para
um bom aproveitamento dos poemas dos livros didáticos, é interessante conferir
se foram apresentados em versão integral, se foi respeitada a disposição
gráfica, entre outros aspectos. Um poema com ilustrações é uma boa, pois
contamos com uma leitura em outra linguagem. Se o texto não for o original, é
bom comentar com os alunos as mudanças. Outra alternativa, é buscar outros
poemas de autores variados com assuntos semelhantes aos já estudados.
Depois
de escolhido o texto, agora iremos ler, analisar, compreender e interpretar o
poema. Já lido o poema, analisaremos a estrutura externa – versos, pausas,
acentos, rimas e estrofes. Estrutura interna – examinaremos as diferentes
partes em que podemos dividir o conteúdo do poema, ou seja, o significado do
poema. E a linguagem poética, que é composta pela fonologia, morfologia,
sintaxe, semântica, figuras de pensamento.
Para
compreender um poema é preciso que o leitor conheça os recursos lingüísticos.
Conheça as circunstancias históricas em que o texto foi escrito. Compreenda as
referências geográficas, lendárias, mitológicas, econômicas, políticas e
religiosas para fazer certas associações.
E,
por último, para interpretar um poema, o certo seria ter um hábito pela leitura
e o gosto por ela. Quando gostamos de algo, podemos compreender melhor sua
representação. Procure palavras diferentes, aumentando seu vocabulário e sua
cultura. Ler mais que uma vez o texto sugerido também é uma opção. Na primeira
vez, nunca conseguimos entender o que o autor certamente quis dizer. Tenha
muita atenção no que se pede nas questões, às vezes a interpretação está
explícita no próprio texto.
Em
minha opinião, acho que essa é a melhor maneira para entender um poema.
Seguindo esse caminho, você poderá chegar o mais perto do que o autor “realmente”
quis dizer.
Texto escrito pela acadêmica e bolsista Rafaela Kessler - referente ao capítulo "Ritmo e
cotidiano”, escrito por Antonio Ozório Nunes, na obra Como restaurar a paz nas escolas.
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