Pibidianos em atividades de leitura e pesquisa no Laboratório Paraná Digital do Colégio Estadual de Pato Branco.
Pibidianos em atividades de leitura e pesquisa no Laboratório Paraná Digital do Colégio Estadual de Pato Branco
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
CONHECER A SI MESMO É A MELHOR FORMA DE RESOLVER CONFLITOS
Os
seres humanos, embora parecidos fisicamente, são diferentes na maneira de
pensar e agir. Cada um muitas vezes tem sua opinião formada sobre determinado
assunto e é difícil para alguém conseguir alterar isso. Mas, ao mesmo tempo em
que o homem tem sua vida e costumes, ele deve partilhar isso com as outras
pessoas de sua convivência. Surgem, então, os conflitos, pois não se pode
forçar o outro a aceitar outras decisões e pensamentos. Mesmo assim, os seres
humanos são obrigados a conviver com as diferenças e o local onde se tem o
primeiro contato mais amplo com pessoas diferentes é a escola.
Só é possível controlar o próprio
pensamento e desejo por algo quando limites são estabelecidos. Os limites
mostram o que cada pessoa pode ou não fazer. Mas o ser humano só consegue
discernir para que servem esses limites quando adquire a maturidade necessária.
Essa maturidade, quando desenvolvida no período escolar, deve estar acompanhada
dos quatro pilares do conhecimento, criados por Jacques Delors em uma comissão
estabelecida em 1993 pela UNESCO.
Os quatro pilares têm uma visão
integral de educação, que se dirigem à totalidade do ser humano. É papel da
escola inserir esses pilares no cotidiano do aluno. São eles: Aprender a ser,
aprender a conviver, aprender a fazer e aprender a conhecer.
a)
Aprender a ser: segundo o “Relatório Delors”, a escola tem papel fundamental no
desenvolvimento total da pessoa e deve preparar os alunos para elaborar
pensamentos e agir por conta própria em determinados momentos da vida. A escola
ensina os alunos a enfrentar as diferenças, tendo como resultado o respeito e
companheirismo entre as pessoas.
b)
Aprender a conviver: esse pilar mostra que a escola tem o objetivo de ensinar o
aluno a se relacionar com os outros, respeitando as diferenças existentes e a
ajuda ao próximo.
c)
Aprender a conhecer: esse pilar diz respeito ao desejo de libertar-se da
ignorância e adquirir o conhecimento. Deve-se instigar nos alunos o anseio de
saber cada vez mais e ver que o que ele sabe ainda é pouco, se comparado a tudo
o que se pode saber.
d)
Aprender a fazer: neste pilar o aluno deve demonstrar coragem para realizar as
tarefas necessárias e buscar os acertos, observando que o trabalho em equipe é
compensatório. Este pilar mostra que individualismo não leva a lugar algum.
Juntos,
esses pilares têm o objetivo de fazer com que o aluno crie certas habilidades
de convivência com o outro e o respeito entre todos. Se essas habilidades não
forem trabalhadas durante a infância, o indivíduo tornar-se-á arrogante, pois
não estará apto a adaptar-se a outras pessoas e outros costumes. Quanto mais
cedo as crianças forem submetidas ao processo de adaptação a outras realidades,
melhores adultos elas se tornarão.
Deve-se
expor e ajudar as crianças em situações conflituosas, para que elas sejam
capazes de resolver as divergências de pensamentos e ações. Mas primeiramente
elas devem ser capazes de resolver seus conflitos individuais, para depois
partir para os conflitos interpessoais. Sendo assim, fica claro que conhecer a
si mesmo é a melhor forma de evitar conflitos.
Texto escrito pela acadêmica e bolsista Talita Regina Roman Ronsani
O POEMA: UM TEXTO DESVALORIZADO
Há alguns anos, era
comum a prática de leitura dos poemas em quase todas as séries na escola. O
professor pedia para os alunos lerem o poema para si mesmos e responderem
questões interpretativas sobre a estrutura do poema. Outra prática comum nos educandários
era o famoso “Concurso de Poesias”, sendo que os alunos declamavam suas poesias
em sala e os melhores da turma passavam para a fase seguinte, declamando os
versos para todos do colégio. Vencia quem melhor gesticulava e não errava a
ordem das palavras.
Dessa maneira, os educandos se dedicavam apenas a
declamar bem. Eles não estudavam um poema como deve ser estudado, não faziam
interpretações para o verdadeiro significado do poema, não sabendo o que o
poeta quis expressar.
Engana-se quem pensa que esta situação é diferente nos
dias atuais. Ao contrário, somente piora a cada dia que passa, pois agora o
poema é “ensinado” e “analisado” quase que somente no ensino fundamental.
Alunos do ensino médio raramente têm contato com esse tipo de texto, pois o que
realmente importa é saber a tradicional gramática e os períodos literários para
vestibulares e outras provas importantes que os educandos irão realizar.
Essas práticas de ensino fazem com que os alunos repudiem
o poema. Muitos se sentem obrigados a realizar as atividades propostas e não
sentem prazer em ler e interpretar um texto poético como ele realmente é.
Deve-se trabalhar de maneira diferente para assim fazer brotar nos alunos o anseio
para ler os poemas.
O professor deve ser capaz de realizar a leitura,
declamando e dando emoção à obra, para chamar a atenção dos alunos e mostrar
qual o verdadeiro papel do texto poético: expressar o que o autor sentia e
vivia quando compôs o poema.
Há várias maneiras de trabalhar a
interpretação de um assunto. A maioria dos professores não o faz por julgar
desnecessário. Os poemas perderam seu sentido e se os educadores soubessem
ensinar como ler e interpretar um poema, certamente essas produções textuais
teriam seu valor reconhecido.Texto escrito pela acadêmica e bolsista Talita Regina Roman Ronsani
Última reunião PIBID em 2012
Rafaela, Jonatan, Isabelle, Iara, Anselmo, Paulo, Sandra, Mateus, Anelita, Luciani, Raissa, Ana, Talita, Jaqueline e Daiana
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
Algumas atividades desenvolvidas no ano de 2012 no Colégio Estadual Professor Agostinho Pereira
Mural/jornal pibidiano
Paulo, Sonia, Élcio, Rita, Mateus e Elair
Montagem do mural/jornal
Primeiro encontro dos acadêmicos PIBID da UTFPR - PB
Os alunos do turno matutino prestigiaram o evento
Apresentação do acadêmico e bolsista Paulo
Isabelle, Mateus, Paola, Rita, Raissa, Talita e Ana
Paulo, Sonia, Élcio, Rita, Mateus e Elair
Montagem do mural/jornal
Primeiro encontro dos acadêmicos PIBID da UTFPR - PB
Os alunos do turno matutino prestigiaram o evento
Apresentação do acadêmico e bolsista Paulo
Analisar, compreender e interpretar um poema
Infelizmente são poucas as pessoas que são
acostumadas a ler poesias, menos ainda, pessoas que lêem porque gostam. Muitos
reclamam que não sabem interpretar um poema e se queixam que cada um tem sua
maneira de interpretar, tendo seu próprio entendimento, que muitas vezes não é
o que o autor quis passar. Diante desse problema, depois do texto escolhido, o
que devemos fazer é ler, analisar, compreender e interpretar com mais
competência.
Para
um bom aproveitamento dos poemas dos livros didáticos, é interessante conferir
se foram apresentados em versão integral, se foi respeitada a disposição
gráfica, entre outros aspectos. Um poema com ilustrações é uma boa, pois
contamos com uma leitura em outra linguagem. Se o texto não for o original, é
bom comentar com os alunos as mudanças. Outra alternativa, é buscar outros
poemas de autores variados com assuntos semelhantes aos já estudados.
Depois
de escolhido o texto, agora iremos ler, analisar, compreender e interpretar o
poema. Já lido o poema, analisaremos a estrutura externa – versos, pausas,
acentos, rimas e estrofes. Estrutura interna – examinaremos as diferentes
partes em que podemos dividir o conteúdo do poema, ou seja, o significado do
poema. E a linguagem poética, que é composta pela fonologia, morfologia,
sintaxe, semântica, figuras de pensamento.
Para
compreender um poema é preciso que o leitor conheça os recursos lingüísticos.
Conheça as circunstancias históricas em que o texto foi escrito. Compreenda as
referências geográficas, lendárias, mitológicas, econômicas, políticas e
religiosas para fazer certas associações.
E,
por último, para interpretar um poema, o certo seria ter um hábito pela leitura
e o gosto por ela. Quando gostamos de algo, podemos compreender melhor sua
representação. Procure palavras diferentes, aumentando seu vocabulário e sua
cultura. Ler mais que uma vez o texto sugerido também é uma opção. Na primeira
vez, nunca conseguimos entender o que o autor certamente quis dizer. Tenha
muita atenção no que se pede nas questões, às vezes a interpretação está
explícita no próprio texto.
Em
minha opinião, acho que essa é a melhor maneira para entender um poema.
Seguindo esse caminho, você poderá chegar o mais perto do que o autor “realmente”
quis dizer.
Texto escrito pela acadêmica e bolsista Rafaela Kessler - referente ao capítulo "Ritmo e
cotidiano”, escrito por Antonio Ozório Nunes, na obra Como restaurar a paz nas escolas.
A falta do poema em sala de aula
Através da imitação o homem adquiriu os primeiros
conhecimentos. Como a imitação é natural ao homem, a partir dela, aos poucos,
foram criando a poesia. O conhecimento de mundo que é conquistado através das
experiências e do convívio social é fundamental para compreender um poema. Horácio
já dizia que a poesia deveria ser dulce
et utile, isto é, propiciar à formação do homem não só o prazer, mas também
o conhecimento.
A leitura infantil tem uma função muito importante
na formação da aptidão leitora das crianças, contando com uma variedade de
textos. O poema vem perdendo seu lugar para outros tipos de textos. Reconhecemos
que esse gênero vem sendo deixado de lado no cenário educacional e na prática
pedagógica de muitos professores. E também, na maioria dos casos, o que se traz
nos livros didáticos acerca de poemas não propicia o desenvolvimento da
sensibilidade das crianças.
Muitas crianças só têm o contato com o poema em sala
de aula, o que não seria o certo. Portanto, a ausência do poema em sala de aula
gera uma falta de interesse e do gosto pelo texto lírico.Frequentemente o poema não é moldado de acordo com a sua especificidade, havendo uma preocupação muito superficial, sendo tratado em exercícios como a prosa, dando-se importância apenas para a parte gramatical. A maioria dos alunos sem um aprofundamento mais detalhado do poema não conseguem entender o que o poeta quis dizer, não tendo assim nenhuma ligação com a emoção estética. Por isso, hoje, quando se fala em poema, é pensando em um texto banalizado, pois em nenhum momento os elementos de sua estrutura são revelados para o aluno. E como declarava Johannes Pfeiffer, “Na poesia não importa a forma ‘bela’, mas a forma ‘significativa”.
Se uma criança irá gostar ou não de poemas, não podemos afirmar, mas é preciso que a escola dê o primeiro passo, incentivando os alunos sobre o imenso universo da leitura. Nos poemas, encontramos uma riqueza inquestionável. Ele nos permite o trabalho com a inflexão, o movimento, o gesto, a fala, a escuta e a recriação da linguagem. Apoiamos que um dos objetivos do professor ao utilizar um poema em sua didática é possibilitar que a criança aprecie as características do texto lírico e suscite o gosto para esse tipo de texto.
Como administrar positivamente um conflito
O que é o conflito? O conflito está
sempre associado a uma coisa má, de desentendimento, choque, confronto, crise,
disputa, batalha, guerra e violência. Nunca relacionado a uma coisa boa. Mas
veremos aqui pontos positivos de um conflito. É uma oportunidade de resolução
de um problema, antes que vire violência. O conflito é inevitável à existência
humana, mas pode representar uma importante experiência de desenvolvimento
pessoal.
A
escola é uma instituição com fins específicos, é um modelo da sociedade, do
qual faz parte diversas pessoas, com valores, culturas, religiões,
personalidades, classes sociais, idades e origens diferentes. Nas escolas, as
relações são heterogêneas, sendo natural o conflito entre os grupos – alunos,
professores, direção, auxiliares, pais... -. Conflitos entre alunos são
freqüentes, no cumprimento das regras, na utilização de jogos e, para não tomar
um rumo inadequado, o conflito deve ser bem administrado.
A
educação para a resolução de conflitos modela e instrui de diferentes formas e
uma variedade de processos, de práticas e de competências que colabora para
prevenir a administrar de forma construtiva e a resolver pacificamente o
conflito individual, interpessoal e institucional.
Uma
alternativa para a resolução de um conflito escolar são as práticas
restaurativas, que induz a um convívio mais saudável, uma melhor aprendizagem e
a uma melhor estruturação das relações sociais. Sendo fundamental o respeito, a
responsabilidade e a cooperação entre as partes. O professor não pode ser o
protagonista, deve levar em conta que não está sozinho nesse processo. Por isso,
deve trabalhar em equipe. Como ressalta Andrade (2007 : 43), “quanto mais
houver conflitos devidamente elaborados com a ajuda dos educadores e
educadoras, menos violência nas escolas haverá”.
A
solução dos conflitos através das práticas restaurativas ostenta vários fatores
positivos. Melhoria nas relações sociais e institucionais, aprender a
compreender e a valorizar a própria cultura e a cultura dos outros, competência
em tomar decisões, usar o pensamento crítico e criativo na resolução de
problemas e, principalmente, mostrar às crianças e jovens o seu papel
fundamental na construção de um mundo mais pacífico.
O
conflito nunca vai ser eliminado. Portanto, o que importa é a solução justa e
não violenta.
As tecnologias implantadas na escola são bem utilizadas?
Quando hoje comparamos as escolas em relação algum tempo atrás, percebemos as transformações que ocorreram com o passar dos anos. Com o passar do tempo novas tecnologias são produzidas, como é o caso do telefone celular (que hoje possui várias funções, inclusive podemos acessar a internet por meio dele), também o computador (que cada vez é fabricado em tamanhos menores como é o caso dos netbooks e os tablets), entre outros.
Essas tecnologias por sua vez, passam a ser utilizadas por uma parcela cada vez maior da sociedade, principalmente pelos jovens. É indiscutível o fato de que cada novo instrumento produzido possui várias finalidades, e dentre uma delas está o objetivo de “facilitar nosso dia-a-dia”. Isto ocorre principalmente com tecnologias utilizadas em nosso cotidiano. Atualmente, estes implementos tecnológicos estão presentes também nas escolas, como é o caso do computador. Porém, será que os computadores são utilizados de maneira objetiva para a construção do conhecimento?
Para obtermos respostas altamente confiáveis e reais se faz necessário uma grande e trabalhosa pesquisa. Entretanto, como educadores que vivem nesse meio podemos antecipar algumas respostas. Diretamente falando podemos afirmar que tudo depende da situação vivenciada levando-se em consideração algumas particularidades. Estas, diretamente ligadas entre o aluno e o professor. Enquanto o aluno em sua qualidade de educando precisa ter maturidade, interesse e dedicação, o professor, por sua vez, que se utiliza de vários métodos no processo de ensinoaprendizagem precisa ter sempre o domínio do método e do conteúdo.
Para este processo (de utilização adequada dos equipamentos presentes nas escolas que nos ajudam a construir nosso conhecimento) acontecer de maneira satisfatória, necessita-se de uma boa relação entre o aluno e o professor (a). Portanto, se o aluno apesar de obter a oportunidade de expandir seu conhecimento ( quando ele na escola se utiliza do computador, por exemplo) não demonstrar interesse e ficar desperdiçando tempo acessando outros conteúdos no computador ( o que sabemos que acontece muito) ao invés do conteúdo necessário, também não vai ter sentido o professor se doar na sua tarefa como educador recebendo em troca o desinteresse do educando.
Esta é uma das questões que necessitam ser pensadas seriamente tanto no âmbito escolar como em diversos outros.
Texto escrito e publicado pela acadêmica e bolsista Paola Clein
Uma cultura sem preconceitos
Cultura no geral quer dizer um conjunto
de comportamentos, hábitos, valores morais e crenças que caracterizam a
organização social, política e econômica de uma sociedade. No Brasil, sendo um
país miscigenado, encontramos uma variedade de culturas. Mas nem por isso
existem culturas superiores ou inferiores. O que as distinguem são seus
processos históricos.
Texto escrito pela acadêmica e bolsista Rafaela Kessler – referente ao capítulo “Os pilares da
educação”, do livro Como restaurar a paz nas escolas, do autor Antonio Ozório Nunes.
Estamos
em um mundo em que todos são diferentes, mas os direitos são iguais. Portanto,
considerar a diversidade e conscientizar crianças e adolescentes que
compreender e respeitar as diferenças é fundamental no mundo em que vivemos.
Como essa diversidade é inevitável aos estudantes, é essencial a escola ter uma
iniciativa de trabalhar com os alunos o respeito pelas diferenças e a
necessidade da inclusão de todos num convívio mais agradável. Lembrando que a
escola é o lugar mais importante de socialização dessas crianças, adolescentes
e jovens.
O
educador junto com a escola e políticas públicas e sociais deve compor uma
pedagogia multicultural, respeitando a diversidade. O aluno deve reconhecer as
diferentes etnias, raças e culturas da sociedade brasileira. Identificar,
respeitar, negar e censurar todas as formas de relações preconceituosas e
discriminatórias.
Os
professores devem aproveitar as datas comemorativas, fazendo projetos que
envolva os pais e a comunidade, cada qual com suas culturas e costumes, para
que no final todos se conscientizem de formar cidadãos conscientes,
responsáveis, justos e solidários, visando o bem coletivo e a diminuição das
desigualdades. Mas lembrando que isso pode ser feito também em outras datas, não
apenas em datas comemorativas.
Morin
(2000), no livro “Os sete saberes necessários à educação do futuro”, ressalta
que esses saberes são indispensáveis a sociedade, sendo um deles a compreensão
humana. De acordo com Morin, “nunca se ensina sobre como compreender uns aos
outros, como compreender nossos vizinhos, nossos parentes, nossos pais”. “É preciso
compreender a compaixão, que significa sofrer junto. A grande inimiga da
compreensão é a falta de preocupação em ensiná-la.”
Como se tornar um mediador do conhecimento no ensino de textos poéticos
Quem trabalha hoje com a educação e leciona na área de Letras, percebe
que se fazem necessárias algumas mudanças quanto ao trabalho com textos
poéticos na sala de aula. O poema é visto por muitos como de difícil
interpretação. É o que Micheletti, Peres e Gebara também tratam em sua obra. Por
esse e também por diversos outros motivos o poema deixa de ser trabalhado em
sala de aula. Por outro lado, quando ele é trabalhado, nem sempre se obtem o
máximo no ensino-aprendizagem, ou seja, não se obtem o resultado esperado.
E isso acontece por
vários motivos, cuja discussão não se faz agora adequada. Vamos então tentar
ajudar o professor a exercer da melhor forma possível seu papel de mediador
entre seu aluno e o conhecimento passado através do texto poético. Em primeiro
lugar, para se trabalhar com o poema, se faz necessária a escolha de um texto. O
professor pode recorrer ao livro didático ou, se este não abordar o assunto ou
não apresentar poemas de maneira satisfatória, o professor pode buscar outros
meios para trazer o poema para sala de aula.
Cada
professor conhece o nível de desenvolvimento da sua classe e pode então adequar
o poema a ser trabalhado ao contexto no qual a classe se encontra. Assim, ele
pode trazer poemas que tratem de algum assunto polêmico ou de algum que
tematize o momento vivido pela sociedade, buscando dessa forma relacionar poema
e realidade. Em um segundo momento é necessária uma leitura, análise e
interpretação do poema. Lembrando sempre que devemos fazer com que os alunos
busquem sempre o conhecimento por si próprios.
Assim
sendo, se faz necessário também deixá-los fazer sua própria leitura. Deste modo,
cada um alcança seu próprio conhecimento. Mais tarde, podemos trabalhar
juntamente com os alunos para busca de uma compreensão em grupo sobre o texto.
É neste momento que se faz necessário que o professor exerça seu papel de
mediador do conhecimento. E a melhor forma para conseguir êxito nessa tarefa é
doando o máximo de si para que os alunos compreendam o texto poético e o seu
valor.
Assim, devemos trabalhar o poema por
si, não vinculado apenas ao ensino de gramática, ou algo nesse sentido. O poema
apresenta seu valor próprio e não pode ser submetido e/ou restringido apenas a
alguns de seus aspectos. Para sermos bons mediadores devemos valorizar o
assunto trabalhado e o poema, por exemplo, tem muito à nos oferecer, possui
diversos caminhos, assuntos que podemos trabalhar ao mesmo tempo em que
trabalhamos com o texto poético. Claro que tudo isso irá depender do
desenvolvimento do professor, em conjunto com os alunos, e também de outros
fatores. Porém, vemos a necessidade de
lembrarmos sempre da parte mais importante: oferecer ao poema seu
merecido valor.
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