Primeiramente vamos discutir um pouco sobre a
definição de poema. Para muitos, poema é apenas uma composição em versos,
estrofes e rimas. Porém, ele vai muito além disso. Esta definição é o conceito
que muitos têm em relação ao poema, pois ela é encontrada em muitos livros
didáticos usados na educação básica e pública de nosso país. Isto foi discutido
também por Gebara.
Na realidade, poema, segundo Rifaterre (1973), é
“uma sequência verbal dentro da qual as mesmas relações entre os constituintes
se repetem em diversos níveis”. Esses níveis a que ele se refere são: fonético,
fonológico, sintático, semântico, etc, os quais aqui trataremos como as faces do poema. Na verdade, o poema
possui diversas faces e cada uma lhe agrega um sentido diferente.
Dependendo
da preferência de cada leitor, eles podem ser analisados um a um ou todos ao
mesmo tempo, no decorrer da leitura. Cada face revela muito sobre o poema. Por
exemplo, a visual revela como o poema é composto (versos livres, soneto, etc).
Além de desvendar como é o poema, as faces do poema revelam, através de seus
traços, muito sobre seu criador.
Temos outra face do poema, um outro lado que é o
fônico. Este trata de como é a organização dos sons dentro do texto, revelam
seu ritmo. Já o léxico trata dos temas usados (termos técnicos, neologismo,
etc). Outro muito importante também é o lado morfossintático. Ele revela a
combinação entre as classes de palavras, estas importantíssimas para a
significação do poema.
E a última face é a que trata da semântica, traz
as figuras de linguagem, que são importantes também para a rede de
significações do poema. Todos esses níveis, ou essas faces do poema, são de
extrema importância e o conjunto delas proporciona o “sucesso” do mesmo. Por
meio delas, o poema se torna uma bela composição, unindo beleza e conteúdo,
apreciadas por muitos leitores todos os dias
Texto escrito
pela acadêmica e bolsista Paola Clein
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