quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Como administrar positivamente um conflito


O que é o conflito? O conflito está sempre associado a uma coisa má, de desentendimento, choque, confronto, crise, disputa, batalha, guerra e violência. Nunca relacionado a uma coisa boa. Mas veremos aqui pontos positivos de um conflito. É uma oportunidade de resolução de um problema, antes que vire violência. O conflito é inevitável à existência humana, mas pode representar uma importante experiência de desenvolvimento pessoal.
            A escola é uma instituição com fins específicos, é um modelo da sociedade, do qual faz parte diversas pessoas, com valores, culturas, religiões, personalidades, classes sociais, idades e origens diferentes. Nas escolas, as relações são heterogêneas, sendo natural o conflito entre os grupos – alunos, professores, direção, auxiliares, pais... -. Conflitos entre alunos são freqüentes, no cumprimento das regras, na utilização de jogos e, para não tomar um rumo inadequado, o conflito deve ser bem administrado.
            A educação para a resolução de conflitos modela e instrui de diferentes formas e uma variedade de processos, de práticas e de competências que colabora para prevenir a administrar de forma construtiva e a resolver pacificamente o conflito individual, interpessoal e institucional.
            Uma alternativa para a resolução de um conflito escolar são as práticas restaurativas, que induz a um convívio mais saudável, uma melhor aprendizagem e a uma melhor estruturação das relações sociais. Sendo fundamental o respeito, a responsabilidade e a cooperação entre as partes. O professor não pode ser o protagonista, deve levar em conta que não está sozinho nesse processo. Por isso, deve trabalhar em equipe. Como ressalta Andrade (2007 : 43), “quanto mais houver conflitos devidamente elaborados com a ajuda dos educadores e educadoras, menos violência nas escolas haverá”.
            A solução dos conflitos através das práticas restaurativas ostenta vários fatores positivos. Melhoria nas relações sociais e institucionais, aprender a compreender e a valorizar a própria cultura e a cultura dos outros, competência em tomar decisões, usar o pensamento crítico e criativo na resolução de problemas e, principalmente, mostrar às crianças e jovens o seu papel fundamental na construção de um mundo mais pacífico. 
            O conflito nunca vai ser eliminado. Portanto, o que importa é a solução justa e não violenta.

REFERÊNCIAS: NUNES, Antonio Ozório. Como restaurar a paz nas escolas: um guia para educadores. São Paulo: Contexto, p. 15-30, 2011.

Texto escrito pela acadêmica e bolsista Rafaela Kessler

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